COP30 em Belém: evento global ou fiasco anunciado?

Em novembro de 2025, a cidade de Belém, no Pará, será palco da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30). O evento promete colocar o Brasil no centro das discussões ambientais globais, reunindo líderes internacionais, ambientalistas e investidores.

Porém, à medida que a data se aproxima, cresce a preocupação com a capacidade da cidade de sediar um evento desse porte. Infraestrutura precária, transporte público deficitário e desigualdade social são alguns dos desafios que podem transformar a COP30 em um caos logístico e político.

Mas será que o Brasil está realmente pronto para essa responsabilidade?

Obras em Belém: melhoria ou maquiagem?

Para tentar se preparar para o evento, a cidade está passando por uma série de obras de infraestrutura, incluindo:

✅ Revitalização de avenidas e praças;
✅ Melhoria no sistema de transporte público;
✅ Ampliação da rede hoteleira;
✅ Reformas na rede elétrica e de telecomunicações.

O problema? Muitas dessas obras foram iniciadas tarde demais e podem não ficar prontas a tempo. Além disso, especialistas alertam que falta planejamento de longo prazo – ou seja, as melhorias podem ser apenas uma "maquiagem" temporária para impressionar os visitantes, sem realmente beneficiar a população local no futuro.

Crise ambiental e hipocrisia política

A escolha de Belém como sede da COP30 foi vendida pelo governo como um símbolo de compromisso com a preservação da Amazônia. No entanto, a realidade mostra um cenário bem diferente:

❌ A poluição na cidade segue alarmante, com falhas na coleta de lixo e saneamento básico;
❌ O desmatamento continua avançando em diversas áreas do país, apesar das promessas do governo;
❌ Grupos indígenas e ribeirinhos enfrentam abandono e falta de políticas eficazes para preservação ambiental.

Ou seja, enquanto políticos discursam sobre sustentabilidade para a comunidade internacional, a realidade do Brasil continua marcada por contradições e falta de ações concretas.

Oportunidade ou desastre político?

A COP30 pode ser uma chance para o Brasil fortalecer sua imagem internacional e atrair investimentos para a Amazônia. Mas, se os preparativos continuarem atrasados e o evento for marcado por problemas logísticos, a conferência pode acabar se tornando um desgaste político para o governo Lula.

Além disso, há um risco claro de uso político do evento para reforçar uma narrativa ideológica em vez de promover soluções reais para o meio ambiente.